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Este blog aborda a POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA PARA A AMÉRICA CENTRAL E O CARIBE (1995-2010): A AMPLIAÇÃO DAS ESFERAS DE INFLUÊNCIA DE UMA POTÊNCIA MÉDIA EMERGENTE (Dissertação de mestrado de Tiago Estivallet Nunes, 2012), apresentada pelo grupo, composto por Alex Santos, Gerlânia Souza, José Carlos, Manoel Renisio e Robenildo Moura, da disciplina Seminário de Geografia da América Latina, do curso de Geografia/UFRN/CERES Caicó/RN.

terça-feira, 5 de maio de 2015

RELAÇÃO DO BRASIL COM A AMÉRICA CENTRAL E CARIBE.

Desde os princípios do século XX o Brasil tem relações diplomáticas com essa região, mas, era uma diplomacia distante, pois, o interesse do Brasil estava voltado para América do Sul.

A partir do governo FHC e continuado com o governo de Lula, este distanciamento diminuiu gradualmente, pois o Brasil se aproximou desta região com o intuito de ter os países desta área como novos parceiros que apoiassem seus projetos internacionais. O Brasil também busca parceiros em outros continentes como o Africano e o Asiático.

FIM DO MUNDO BIPOLAR

Possibilitou uma atuação mais proeminente dos países em desenvolvimento.

A aproximação do Brasil com a América Central e Caribenha se deu em parte devido ao desvio da atenção do EUA, no governo de George W. Bush ( 2001- 2009) a está região, onde EUA estavam envolvidos numa guerra contra o terror, e em outro assuntos de maior interesse internacional, deixando de investir nessa região, possibilitando assim, uma maior relação desta região com outras.

Diferenciação dos conceitos de política externa e relações internacionais e suas correlações com a política interna.

Segundo Christopher Hill (2003), Política Externa é a soma das relações externas oficiais conduzidas por um ator independente no sistema internacional. Já as relações internacionais compreende todo e qualquer acontecimento que envolva o Estado-objeto, por outro. As questões de política interna são determinantes como grandes definições de política externa ( Pierre Milza,1996) influenciando a política externa tanto a longo, quanto à curto prazo. À longo prazo, as linhas de orientações que são seguidas são influenciadas por fatores como: demografia, estrutura econômica e social, o peso da história, entre outros. Já à curto prazo, ajuda na compreensão na dinâmica de funcionamento do sistema na delimitação das margens de manobra disponíveis ao Estado.

Conceito de soft power como análise de atuação do Brasil em relação a América Central, Caribe e outros parceiros.

 O Brasil busca parcerias com a intensão de efetivação de projetos internacionais e essa parceria se faz através do poder, não o poder militar ou econômico e sim o poder do soft power.

Posição do Brasil no sistema internacional.

Visão de Samuel Pinheiro Guimarães (2000)

Segundo este autor o Brasil pertence a uma categoria de países denominada de grandes Estados periféricos, onde o sistema internacional se organiza em torno de estruturas hegemônicas de poder, tendo como núcleo, os Estados Centrais. Os Estados periféricos se diferenciam uns dos outros através de sua dimensão territorial e populacional e alguns se encontram em desenvolvimento industrial social e econômico, como o Brasil. Para o Brasil se tornar em uma potência é necessário superar alguns desafios como ter uma infraestrutura completa, uma economia perfeitamente e integrada, capacidade científica e tecnológica, entre outros.

Visão de Ricardo Sennes (2003)

Este autor define o Brasil como uma Potência Média recém-industrializada. Potência Média é definida pelo o autor, como países que por um lado ocupam uma posição intermediária no rancking de capacidades internacionais e, por outro, participam intensamente dos sistemas regionais e sub-regionais. Com a industrialização o grupo destes países tiveram uma maior inserção no mercado mundial e uma maior autonomia e capacidade de negociação frente as Grandes Potências. Em relação às Grandes Potências, as Potências Médias recém-industrializadas buscam livrar-se da influência direta das mesmas e evitar a interferência delas em âmbito regional. Frente às Pequenas Potências, buscam exercer o máximo de influência e estabelecer relações vantajosas para si.

Visão de Cristina Pecequilo (2010) 

Cristina Pecequilo (2010), identifica três grandes grupos de relevância internacional que são: As Superpotências ou Potências Mundiais, as Potências Regionais e os Países que possuem um papel local. As Superpotências caracterizam-se por deter o controle simultâneo do hard power e do soft power em qualidade e quantidade que possam exercer seu poder de forma significativa e autônoma no sistema internacional. 

As Potências Regionais são divididas em dois níveis. Nível 1, são aquelas que tiveram importantes lideranças no passado e que mantém até hoje algum grau de autonomia no sistema internacional ( Alemanha, França, Inglaterra e Japão, por exemplo) e de nível 2, grupo no qual estaria incluído o Brasil, são países mesmo possuindo um desenvolvimento inferior aos dos nível 1, conseguem exercer considerável influência na região em que pertence, além de está  fazendo alianças com outros países fora de regiões de sua influência.

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