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Este blog aborda a POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA PARA A AMÉRICA CENTRAL E O CARIBE (1995-2010): A AMPLIAÇÃO DAS ESFERAS DE INFLUÊNCIA DE UMA POTÊNCIA MÉDIA EMERGENTE (Dissertação de mestrado de Tiago Estivallet Nunes, 2012), apresentada pelo grupo, composto por Alex Santos, Gerlânia Souza, José Carlos, Manoel Renisio e Robenildo Moura, da disciplina Seminário de Geografia da América Latina, do curso de Geografia/UFRN/CERES Caicó/RN.

sábado, 9 de maio de 2015

A POLÍTICA EXTERNA DO GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO (FHC) PARA A AMÉRICA CENTRAL E O CARIBE (1995-2002)

1- A política externa do governo FHC:

§ As ações realizadas na política externa brasileira,  no governo FHC de 1995 a 2002, tiveram forte influência do neoliberalismo, “sugeridas pelo consenso de Washington”.

§ As principais medidas adotadas: Estabeleceu políticas de rigidez fiscal; Retraiu o Estado de bem-estar; Removeu o Estado da esfera produtiva e; Transferiu os ativos nacionais para empresas estrangeiras por meio das privatizações.
§  A adesão parcial: Permanecendo traços do paradigma desenvolvimentista.

§ Reflexos da crise financeira internacional (97 e 98): Desvalorização do Real como forma de assegurar a estabilidade do plano monetário.
§ Em 1999, início do segundo mandato, críticas ao neoliberalismo: as assimetrias do neoliberalismo e a distribuição desigual de poder, no âmbito das negociações comerciais.

§ Manobras políticas realizadas por FHC, “diplomacia presidencial”: “diminuiu as responsabilidades do Ministério das Relações Exteriores”

§ Luis Felipe Palmeira Lampreia (1995 - 2001): foi Ministro das Relações Exteriores, durante 6 anos. E o outro foi,  Celso Lafer (2001 - 2002): até o final do mandato.
 
O discurso de posse, em 1995, do Chanceler Lampreia, objetivos “repassados a ele pelo presidente”:

1º - Ampliar acessos aos mercados externos, proteger a economia brasileiro contra práticas desleais, “dumping”, e atrair investimentos e tecnologias, visando consolidar a estabilidade econômica;
2º - Melhorar as relações com os países que o Brasil possui tradicionalmente uma relação de parceria, e buscar uma diversificação de parceiros;
3º - Da ênfase a cooperação internacional;
4º - Buscar maior participação nos processo decisório dos foros multilaterais, tanto político quanto econômico.

2 - A América Central e o Caribe na política externa do governo FHC:


§ Nos quatros primeiros anos de governo, estão centrados na construção e na consolidação do MERCOSUL, e nas relações prioritárias com EUA.

§ A atuação dos militares brasileiros em algumas missões nos países da América Central, sob a égide da OEA, no âmbito da Junta Interamericana de Defesa (JID). Onde, em 1996, o Brasil passou a integrar a (MARMINCA). E nas Missões de Paz.

§ Em 1998, o vice-presidente Marcos Maciel visitou países da América Central. Houve também, enviou ajudas Humanitárias.
§  O chanceler Lampreia visitou Cuba.

§  Na IX Conferencia Ibero-Americana, em Cuba, FHC defendeu a abertura de mercado “com ressalvas”, e a busca por meios que estabilizassem o sistema financeiro (FMI e BM).

§ Em 1999, FHC reelegeu-se, houve mudança no discurso; e um novo foco na política econômica.

O segundo mandato do governo FHC, a partir de 1999, é marcado pela mudança no seu discurso:

§ A Globalização, essencialmente seletiva e assimétrica, favorece principalmente os países mais desenvolvidos, ... o combate a pobreza é essencial para se alcançar a estabilidade, já que a sua erradicação é pré-requisito para lograr o desenvolvimento econômico e social em níveis sustentáveis, segundo Cardoso (1999).

2 - A América Central e o Caribe na política externa do governo FHC:

§ Em 1999, Brasil assinou com Cuba o Acordo de Complementação Econômica (ACE) Nº 43.
§  Em 2000, FHC visitou a Costa Rica.

§  Assinatura a “Declaração de San José”.

§ Em 2001, assinou Acordo de Alcance Parcial (AAP) com Trinidad e Tobago; enviou ajuda humanitária para El Salvador.
§ Em 2002, últimos atos de FHC, visitou Panamá.

3 - O intercâmbio comercial com a América Central e o Caribe (1995-2002): 




Obs: Se excluísse Santa Lúcia e Bahamas, a ordem seria a seguinte: República Dominicana 39,25%, Trinidad e Tobago 27%, Cuba 13,84%, Jamaica 12,68%, Haiti 4,5 %.

4 - Conclusões Preliminares:

§  A política externa brasileira para a América Central e o Caribe ao longo do governo FHC, houve um incremento do intercâmbio comercial com os países da região, mas, foram mais expressivos em termos diplomáticos.
§  No tocante aos atos bilaterais com América Central e o Caribe, ao longo de oito anos foram 68 atos, com os 20 países da região. Onde, 20 atos foram celebras no primeiro mandato, e 48 atos no segundo.

§ Dos 68 atos, 39 foram firmados com países Centro-Americanos, e 29 com países Caribenhos. Sendo que, dos 29 atos caribenhos, 20 foram firmados com Cuba.

§ FHC observou que a adesão incondicional à globalização não gerava práticas comerciais transparentes, nem acesso irrestrito a outros mercados, e tão pouco a transferência de tecnologia dos países desenvolvidos aos em desenvolvimento; o que ele chamou de “Globalização assimétrica”.

§ Por fim, é importante ressaltar que ao buscar a concretização de um projeto de “globalização solidária”, foi responsável por iniciar a aproximar da região. E também, estratégias de cooperação em projetos de cunho social iniciaram-se no governo FHC.

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