Bem vindos,
Este blog aborda a POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA PARA A AMÉRICA CENTRAL E O CARIBE (1995-2010): A AMPLIAÇÃO DAS ESFERAS DE INFLUÊNCIA DE UMA POTÊNCIA MÉDIA EMERGENTE (Dissertação de mestrado de Tiago Estivallet Nunes, 2012), apresentada pelo grupo, composto por Alex Santos, Gerlânia Souza, José Carlos, Manoel Renisio e Robenildo Moura, da disciplina Seminário de Geografia da América Latina, do curso de Geografia/UFRN/CERES Caicó/RN.

terça-feira, 5 de maio de 2015

As transformações internas ocorridas no Brasil nas últimas décadas: condicionantes para uma atuação externa mais proeminente.

A alteração de fatores internos como crescimento econômico acelerado, o aumento da capacidade militar, a redução da pobreza, a consolidação democrática, entre outros, também tendem a alterar a forma como esse Estado se porta no cenário internacional e como é visto pelos demais atores.

As mudanças estruturais ocorridas no cenário internacional em decorrência do fim do período bipolar ao final da década de 1980 iniciaram uma era de incertezas quanto ao estabelecimento da nova ordem mundial e abriram espaço para a inserção dos países emergentes na definição dos novos rumos mundiais.

O Brasil a fim de reverter o processo da crise, entre 1986 e 1994, foram implementados planos que buscavam a estabilização da moeda – seja pela via do tratamento de choque ou pelo gradualismo – e que acabaram não alcançando o seu intento de forma definitiva:

Plano Cruzado (1986) 
Plano Bresser (1987)
Plano Verão (1989) 
Plano Collor I (1990)
Plano Collor II (1991)

Nesse período, a moeda mudou de nome quatro vezes como o intuito de zerar a memória inflacionária. Foi somente com a implementação do Plano Real, em Julho de 1994, que o Brasil conseguiu conter o processo hiperinflacionário que desestabilizava a moeda nacional.


Após altas taxas de crescimento durante o chamado “milagre econômico brasileiro” entre a década de 1960 e 1970, o país intercalou anos de recessão com anos de crescimento moderado ao longo da década de 1980. Na segunda metade da década de 1990, e em especial nos anos 2000, o país voltou a apresentar taxas de crescimento que superam os 5 % anuais.

Com um crescimento de 7,5 % no ano de 2010, o terceiro maior índice de crescimento do mundo (ficando atrás apenas da China e da Índia), o país alcançou o posto de 7ª maior economia do mundo, superando a Itália, a Índia e o Canadá no ranking das dez maiores economias do planeta (WORLD BANK, 2011 apud NUNES, 2012, pg. 36).

O que mudou com a redução inflacionária?

O país constituiu potenciais maximizadores que possuem para o desenvolvimento econômico e tecnológico, além de constituir grande mercado em ascensão;

No tocante a questões securitárias, com a criação do Ministério da Defesa em 1999 e a decorrente unificação das Forças Armadas sob um comando único iniciou-se um ciclo de reorganização e reestruturação das questões de defesa nacional.

Ao final de 2008 com a aprovação da Estratégia Nacional de Defesa (END), o país aprofundou esse processo e fomentou tanto a reestruturação da indústria bélica brasileira quanto a estruturação da política de composição dos efetivos das Forças Armadas.

O Brasil e o mundo: traços gerais da política externa brasileira.

O paradigma liberal-conservador prevaleceu entre os anos de 1810 a 1930;

Vem surgir, inicialmente, na presidência de Getúlio Vargas – com o projeto de modernização e industrialização personificado, transformou o desenvolvimentismo em vetor de atuação internacional de 1930 a 1989;

A partir de então, três paradigmas passaram a permear a diplomacia brasileira e a coexistir em maior ou menos grau nas relações internacionais dopais: o Normal ou Neoliberal (1990 a 2002), o Estado Logístico (2003 aos dias atuais).

O Brasil e a região: América Latina versus América do Sul.

Crescente aumento de multilaterização e mundialização da política externa do país, desde a década de 1930, com a ampliação da sua participação nos mercados e nos foros globais.

Somente a partir do século XX é que o Brasil obteve aproximação com os territórios centro-americanos e caribenhos e isto só foi possível a partir de países terceiros (Estados Unidos, Inglaterra e França) em conferências internacionais.

Após a proclamação da república foi que o Brasil estabeleceu os primeiros contatos diplomáticos oficiais com os países do istmo centro-americano e do mar caribenho. Primeiramente com Cuba, através de um decreto de 1906, cujo este era responsável pelo relacionamento com a Costa Rica, Honduras, Nicarágua, Panamá e El Salvador. 

As relações com a Guatemala, por sua vez, ficaram sob a responsabilidade da representação brasileira no México.

O Brasil teve participação em algumas questões conflitantes na América Central e no Caribe. Esse envolvimento aconteceu de forma pontual e na maioria das vezes foi motivado por uma triangulação de interesses, como é o caso do envolvimento brasileiro no conflito político-militar na República Dominicana, predominado pelos governos Constitucional e de Reconstrução Nacional.

Entre 1965 e 1966 o Brasil integrou a Força Interamericana de Paz (IAPF) através do destacamento Brasileiro da força Armada Interamericana (FAIBRÁS) com um contingente de 1.450 homens.

O objetivo era unir forças com os Estados unidos, inserindo-se no marco das relações prioritárias com a potência norte-americana, longo início do regime militar brasileiro sob a presidência do Castelo Branco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário